top of page

Como escolher uma oficina de ar condicionado automotivo

O mercado nacional está sendo inundado com oficinas de ar condicionado automotivo e ainda falta uma fiscalização mais intensa por parte das autoridades e órgãos independentes dedicados ao ramo de ar condicionado automotivo. Com isso se torna difícil para os clientes conseguirem determinar uma oficina que execute um serviço que esteja em níveis aceitáveis de qualidade.

Entendendo...

A área de refrigeração é um setor especializado da mecânica e, assim como qualquer outra, é necessário haver qualificação específica. Um técnico em refrigeração poderá diagnosticar problemas relacionados à eficiência de um ar condicionado automotivo mas apenas até certo ponto. O princípio de refrigeração é o mesmo para qualquer sistema (compressão e expansão de um gás), mas cada aplicação contém suas particularidades, especialmente quando se trata do ar condicionado automotivo visto que, neste, o ar condicionado opera de forma condicional ao funcionamento de vários sensores, atuadores, sinais da ECU e, especialmente, da carga e rotação do motor do veículo.

Trabalhar com ar condicionado automotivo requer, além de qualificação específica e experiência, um ambiente limpo, organizado e ferramentas especiais que garantem a correta execução do serviço e o atendimento de normas federais e mundiais de preservação ao meio ambiente.

O que procurar em uma oficina?

1 - Ferramentas

Além das ferramentas tradicionais (chaves de fenda, boca, alicate e etc...) e de algumas outras específicas (chave de válvula e manômetro), é necessário que uma oficina tenha uma recicladora de gás e um scanner para diagnóstico eletrônico. A recicladora é item mandatório em uma oficina de refrigeração automotiva pois é proibido por lei a liberação de gás R134a na atmosfera. A ausência

de uma recicladora de gás levanta preocupações quanto á qualidade do serviço a ser realizado pois, além de reciclar o gás (filtrar, purificar e desumidificar para reutilização), ela também é responsável pelo ciclo do serviço que é a realização do vácuo e teste de vazamentos, colocação do óleo e dosagem correta da quantidade de gás programado pelo operador. O ciclo do serviço sendo realizado por uma máquina só, diminui a probabilidade de contaminação do óleo e do sistema por umidade, o que reduz a vida útil dos componentes. Já o scanner está também se tornando um item necessário devido a tanta eletrônica embarcada nos veículos. Os controles do ar condicionado estão se tornando completamente eletrônicos e o funcionamento agora é controlado pela ECU do veículo e a única forma de diagnosticar problemas específicos é utilizando um scanner para monitorar os valores de funcionamento de sensores e atuadores da injeção eletrônica do veículo ou então para testar os sensores e atuadores do ar condicionado, fazendo o bypass* do sistema de controle, ativando diretamente o atuador desejado, confirmando assim seu funcionamento para um diagnóstico mais rápido e preciso.

2 - Organização e limpeza

Organização e limpeza podem soar um tanto óbvios ou frescura demais, mas pense da seguinte forma. O ar condicionado é um item de conforto, operado e controlado do interior do veículo. O técnico necessitará entrar e sair do veículo quantas vezes for necessário até o diagnóstico ou conserto do problema e, se ele estiver sujo, essa sujeira irá sujar os bancos ou peças do interior do veículo. É fácil saber que sujamos nossas mãos enquanto realizamos um serviço e nos limpamos logo em seguida mas, em um ambiente sujo e bagunçado, o técnico nem se dará conta que está sujo em lugares que nem se quer consegue ver (cotovelo, antebraço, costas), simplesmente por ter se apoiado ou tocado em um lugar sujo. Um ambiente sem organização e sem um padrão claro de realização de serviço, também contribui para a perda de parafusos, porcas ou peças retiradas do veículo durante a realização do serviço.

3 - Qualificação

Por último, gostaríamos de dar ênfase na questão da qualificação. No brasil ainda não há um órgão dedicado à refrigeração automotiva, apenas refrigeração em geral e esses órgãos não atestam a qualidade de uma empresa ou técnico. Antigamente havia no brasil a extensão do órgão americano ASE (Automotive Service Excellence - excelência no serviço automotivo) denominado ASE Brasil que testava e certificava os mecânicos (com validade), inclusive do ramo de refrigeração automotiva, por boas práticas na realização de serviços e no conhecimento técnico. Muitas oficinas ostentavam os certificados de seus técnicos na parede ou o selo da ASE em sua fachada e era fácil ficar a par da qualificação dos técnicos. Uma oficina com técnicos certificados pela ASE era sinônimo de

segurança. Devido à questões que fogem do escopo deste post, a ASE Brasil não mais existe e o selo não pode mais ser utilizado na divulgação da empresa.

Oficinas que possuem a certificação ISO 9001 apenas atestam o controle de procedimento na execução do serviço, garantindo organização mas deixando de lado o conhecimento técnico teórico e experiência. Hoje, infelizmente, temos que nos arriscar de oficina em oficina até "acertar" uma de confiança que realize um bom trabalho ou buscar informação na experiência de pessoas próximas a nós se eles conhecem um bom mecânico ou oficina.

Conclusão

Esperamos que esse post possa ajudar o leitor a se posicionar melhor quanto à escolha de um mecânico ou oficina, especialmente no ramo de ar condicionado automotivo, visto que o mercado (especialmente algumas cidades) encontra-se inundado de curiosos, aventureiros e mercenários. O Jornal Oficina Brasil (JOB) lançou um guia de melhores oficinas (termômetro de honestidade) em

cada capital. A Doutorfrio foi eleita entre as melhores de todo o Brasil. O guia de oficinas do Jornal Oficina Brasil pode ser acessado através do link http://www.guiadeoficinasbrasil.com.br/ .

Boa sorte, um grande abraço e até a próxima!

Equipe Doutorfrio.

Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page